la conscience
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Campanha: Economize Água
Bom, no ano de 2010 o programa Legendários da Tv Record apresentou uma matéria conscientizando a população para economizar água. Não sei se todos viram, mas se você não viu, vai ver e se já viu e quer ver de novo ta ai minha gente. Comentem, digam o que acham e deem sugestões. até, beijos ;*
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Por uma gota
Desperdício e maus hábitos podem secar bilhões de torneiras ainda neste século
PLANTAÇÕES AFOGADAS
De toda a água usada no mundo, cerca de 70% vão para a agricultura,22% ficam nas indústrias e só 8% seguem para o consumo humano. Nas plantações, mais de 60% do líquido utilizado na irrigação é desperdiçado em vazamentos, na evaporação ou na infiltração no subsolo. Com técnicas mais eficientes, a perda poderia ser reduzida em até 70%
ESCASSEZ CRESCENTE
Para satisfazer suas necessidades diárias, cada ser humano precisa de 20 a 50 litros de água. Mas, pelas contas da ONU, 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso a água de boa qualidade. Mesmo no Brasil, considerado o país mais rico do mundo em água doce (13% das reservas mundiais estão por aqui), a situação é grave: cerca de um quinto da população não recebe água encanada em casa
FONTE CONDENADA
A cada dia, 2 milhões de toneladas de sujeira são despejadas nos rios do mundo. No Brasil, 80% do esgoto coletado vai parar em cursos d’água sem receber nenhum tratamento. Para reverter o problema, a ação básica é a despoluição, que, além de recuperar os rios para o abastecimento, reduz a ocorrência de doenças transmitidas pela água contaminada
ENGENHARIA ANTIQUADA
Sistemas sanitários antigos são outro buraco de desperdício. No Brasil, ainda há poucas torneiras de pressão, ralos estreitos ou privadas modernas (modelos fabricados antes de 2000 gastam o triplo de líquido em uma descarga), que induzem uma economia forçada de água. O investimento na troca de equipamentos compensa, pois pode gerar uma economia de até 70% na conta
CANO FURADO
No mundo todo, pouco mais da metade da água captada em rios e lagos chega de fato à torneira. Em uma cidade como São Paulo, 20% se perdem em vazamentos e outros 20% em ligações clandestinas. Deter esse sumiço é um trabalho demorado, que demanda análise cuidadosa de cada metro da tubulação
USO IMPRÓPRIO
O Brasil é um dos poucos países que esbanjam água potável para atividades que não exigem um líquido tão puro, como a lavagem de ruas ou de carros. No primeiro mundo, a maioria dos países conta com algum programa de reuso da água. Em Israel, país afetado pela escassez, 70% da água suja é tratada para ser reaproveitada depois
Fonte: Mundo Estranho
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Faça Você MesmoTudo por uma gotaTrês formas de beber água sem sal no mar
Para início de conversa, você precisa de um mínimo de infra-estrutura para usar nossas dicas de sobrevivência. Se você não estiver em um bote e não encontrar nada que sirva de recipiente para a água, pode tirar o cavalinho da chuva, ou melhor, do mar - sei lá, afunde junto com ele ...
ÁGUA DO MAR
Coloque água salgada até a metade de um recipiente e cubra-o com um pedaço de plástico. Depois de um tempinho você notará que o plástico estará cheio de gotinhas - essa água não tem sal. Chupe as gotas e repita o processo, se possível com vários potes. Tá certo que é pouca água, mas esse líquido pode te salvar...
ÁGUA DA CHUVA
A água da chuva costuma ser a salvação dos náufragos: no mar as chuvas são mais abundantes que em terra firme e, longe dos centros urbanos, a água da chuva é quase pura. Para captá-la, faça um reservatório usando uma lona ou qualquer tecido impermeável, uma capa de chuva, por exemplo
ÁGUA DE PEIXE
Peixes também podem te fornecer um pouquinho de água. Segundo o instrutor de mergulho Vagner Marretti, especialista em sobrevivência no mar, alguns guias de sobrevivência garantem que espremendo um peixe com um pano consegue-se água não salgada. Você pode também mastigar a carne crua
Faz mal beber água do mar?
Não só faz mal, como mata. O problema é a quantidade exagerada de sais, principalmente cloreto de sódio (o sal de cozinha), que existe na água do mar. Apenas 0,9% do nosso sangue é composto por sais, enquanto na água do mara concentração é de 4%. Se uma pessoa mata a sede bebendo essa água supersalgada, seu intestino recebe uma quantidade de sal muito maior do que a que existe no sangue que circula pelos vasinhos da parede do tubo digestivo. Em razão de um processo natural - a osmose -, a solução mais concentrada tende a puxar a água da solução menos concentrada para tentar chegar a um equilíbrio. Como a membrana que compõe os vasos sanguíneos não permite a passagem de partículas sólidas, o sal fica retido no plasma do sangue, deixando-o muito mais concentrado do que o normal. Assim acontece a desidratação, que, para piorar, faz com que o corpo peça mais água. O problema é que a água que pode fazer a concentração do sangue voltar ao normal é a água pura (ou o soro fisiológico, que tem a mesma concentração de sal que o plasma) e não a salgada, que só piora o problema. "Os receptores que controlam a sede atuam de acordo com a concentração do sangue. Portanto, quando há sal demais no plasma, o organismo vai sentir: ‘Opa, preciso de água’", diz o clínico geral Renato Delascio Lopes, da Unifesp. Para complicar ainda mais a situação, alguns sais, principalmente o magnésio, irritam a mucosa do intestino, que já está repleto de água. É diarréia na certa! Esse processo é desencadeado por qualquer quantidade de água do mar ingerida, mas, claro, quanto maior o volume, maior o efeito. Portanto, se você beber um golinho de água enquanto nada no mar, você não vai morrer, mas vários goles podem colocar sua vida em risco.
Por que a água mineral tem prazo de validade?
A água mineral em si não tem prazo de validade. Embaixo da terra, nos aqüíferos onde fica armazenada, mesmo que se passem milhões de anos, a água continuará boa e protegida de contaminação. O rolo começa quando a água é engarrafada. "A água é muito suscetível a contaminações externas. Caso a garrafa esteja mal fechada, o líquido pode entrar em contato com bactérias existentes no ar e ser contaminada. É raro, mas se houver microorganismos nocivos no ambiente, a água mineral pode até causar sintomas físicos, como diarréia", diz a bioquímica e sanitarista Petra Sanchez Sanchez,da Associação Brasileira das Indústrias de Água Mineral (Abinam). Também podem rolar problemas mesmo com a água fechada. Temperaturas acima de 35 ºC aumentam a possibilidade de que as bactérias naturais da água multipliquem, alterando o cheiro e o sabor do líquido. Para reduzir as chances desses incidentes, a água engarrafada tem prazo de validade, que varia de acordo com qualidade da embalagem. Uma garrafa vidro, por exemplo, tem validade maior que uma de plástico porque ela consegue isolar por mais tempo o líquido do contato com o ar ambiente.
- Líquido datado
- Validade é maior para embalagens de vidro
- Água sem gás - Vidro
- Validade - 24 meses
- Água sem gás - PET*
- Validade - 12 meses
- Água sem gás - Polipropileto
- Validade - 6 meses
- Água com gás - Vidro
- Validade - 12 meses
- Água com gás - PET*
- Validade - 6 meses
- *PET: PLÁSTICO MAIS BRILHANTE E TRANSPARENTE.
- POLIPROPILENO: PLÁSTICO MAIS OPACO E DE QUALIDADE INFERIOR - COMO AS GARRAFINHAS VENDIDAS EM SINAIS DE TRÂNSITO.
FONTE: Mundo Estranho / ABINAM
Onde estão os furos
Incompetência provoca desabastecimento. Veja onde vai faltar água no Brasil.
A capital do Mato Grosso está assentada sobre a vasta bacia hidrográfica do Rio Paraguai. É servida por rios caudalosos, o Cuiabá e o Coxipó. Chove pra burro. Ainda assim, há bairros na periferia com abastecimento irregular. E a cidade tem o maior índice de perdas do país: 53%, segundo a Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso (Sanemat).
2. Fortaleza
Mesmo na seca, a capital não sofre problemas de abastecimento graças à divisão de trabalho. A cidade tem uma companhia gerenciando a água e outra cuidando dos esgotos, que, juntas, garantem um índice de perdas de 30%, abaixo da média nacional. Mas os mananciais da cidade são insuficientes para suprir a população.
3. Recife
Apesar de ter muita chuva e uma dezena de rios, a “Veneza Brasileira” convive há dois anos com o racionamento. As perdas chegam a 45%. Bairros da periferia enfrentam rodízios de até 48 horas. “A cidade cresceu, mas não foram feitos investimentos na rede”, lamenta-se o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento, Gustavo Sampaio.
4. Maceió
Setenta por cento dos moradores da capital alagoana têm água em casa – índice baixo, comparado com o resto do país, que fica em torno de 90%. A média de perdas é de 45%. Com o inchaço populacional, as encostas de Maceió foram ocupadas irregularmente, prejudicando o abastecimento de água das regiões altas da cidade.
5. Rio de Janeiro
A capital fluminense é suprida por um único grande manancial, o Paraíba do Sul, quase esgotado e com água de má qualidade. Para evitar mais racionamento, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos mantém o reservatório no limite, desviando o fluxo de um dos rios da região, o Guandu. Ainda assim, falta água na periferia.
6. São Paulo
O tamanho da rede hidráulica paulistana, a maior do mundo, favorece o desperdício de 40%. São 22 000 quilômetros de canos, o equivalente a duas vezes a distância entre São Paulo e Vancouver, no Canadá. A Sabesp não consegue detectar todos os vazamentos. Há ainda ligações clandestinas de todo tipo.
7. Curitiba
Basta uma estiagem mais demorada e a região metropolitana de Curitiba é ameaçada de racionamento. Por estar longe da parte mais caudalosa do Rio Iguaçu, que a abastece, a cidade tem disponibilidade limitada de água. E 45% de perdas. “Nossos mananciais são finitos e estão sendo usados acima da capacidade”, diz Carlos de Freitas, presidente da Companhia de Saneamento do Paraná.
E não é só porque (por enquanto) não vai faltar água em nosso estado é que vamos esbanjar o pouco que já temos não é? Então se liga ai, fecha essa torneira e consciência na hora de usar a água.
Raízes filtrantes: Método brasileiro despolui água com plantas aquáticas.
A cidade de Analândia, em São Paulo, adotou uma maneira engenhosa de transformar seu principal curso d’água, o Córrego do Retiro, numa fonte de água potável. Inventado pelo pesquisador brasileiro Enéas Salati, o sistema wetlands usa raízes de plantas aquáticas e terra para filtrar e purificar o líquido captado no rio. Veja como funciona.
1. A água passa por um tanque cheio de aguapés. Parte da sujeira, incluindo metais pesados e produtos químicos, é filtrada nas próprias raízes das plantas.
2. Depois cai num solo filtrante que cobre uma camada de pedrinhas e um tubo furado. Sai pronta para receber um tratamento convencional.
O desperdício nosso de cada dia
Se as perdas de água na rede pública são difíceis de controlar, dentro de casa elas não podem sequer ser medidas. “O brasileiro é acostumado a uma conta de água barata e não faz o menor esforço para evitar o desperdício”, reclama o ecólogo José Galízia Tundisi. A água pode vazar pelo ladrão de caixa-d’-água com defeito. Ou ser empregada além do necessário para tarefas cotidianas. Tomando banho com o chuveiro ligado durante 15 minutos, você joga fora 242 litros de água pura – suficiente para escandalizar um israelense –, quando é possível gastar só 81 litros para isso.
As maiores vilãs domésticas são as válvulas convencionais de descarga. Elas usam nada menos que 40% de toda a água da casa. Cada segundo que você fica com o dedo na descarga são 2 litros de água que entram – aliás, saem – pelo cano. Seu amigo israelense ficaria louco.
Para combater o desperdício doméstico, muitos países precisaram baixar leis rigorosas. Nos Estados Unidos, todas as casas construídas depois de 1995 são obrigadas a ter descargas com caixas de 6 litros, bem mais econômicas. “Hoje é proibido até vender peças de descarga convencional no país”, diz Clyde Wilber, da Greenley e Hansen, em Washington. Como as novas caixas são bem mais caras, os americanos tentaram dar um jeitinho: passaram a contrabandear descargas do Canadá. O governo endureceu. “Se alguém te pega com uma válvula convecional na mala, você pode ir pra cadeia”, conta Wilber.
No Japão já existem programas de reciclagem dentro de casa. Além dos canos que trazem água potável, os prédios ganharam um segundo sistema hidráulico, que recolhe e trata a água para o reúso (veja o infográfico). O sistema ainda é experimental e, por enquanto, custa caro. Mas pode ser uma alternativa para aproveitar cada gota num mundo onde o líquido precioso está cada vez mais escasso. Prepare-se. Na era da falta d’água, mesmo você, felizardo brasileiro que possui 16% da reserva potável do mundo, vai pagar mais caro por ela.
Brasil tem escassez na fartura
Imagine um país que detém, sozinho, 16% do total das reservas de água doce do planeta. Que tem ao mesmo tempo o maior rio e o maior aqüífero subterrâneo do mundo. Que, para causar inveja, ainda apresenta índices recorde de chuva. Esse país existe. E, como você sabe, suas maiores cidades sofrem racionamento de água.
O Brasil não usa nem 1% do seu potencial de água doce. Ainda assim, metrópoles como São Paulo e Recife enfrentam colapso no abastecimento público. O que acontece? Segundo os especialistas, o problema é só mau gerenciamento. “Temos rios degradados, índices de perda assustadores nas companhias de água e um desperdício inconcebível por parte da população”, enumera José Almir Cirilo, presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, em Recife. É claro que o crescimento desordenado das cidades ajuda a piorar. “Sem planejamento não há proteção de nascentes nem dos reservatórios naturais. Isso custa caro para as companhias e para a sociedade, pois depois será preciso despoluir a água ou trazê-la de outro lugar”, diz a coordenadora do Programa Nacional de Combate aoDesperdício de Água, Claudia Albuquerque.
São Paulo, que este ano começou a racionar depois de apenas dois meses de seca, é um caso exemplar. A cidade matou sua maior fonte de água, o Rio Tietê. Hoje, é obrigada a tirar metade do que consome de uma bacia hidrográfica vizinha, a do Rio Piracicaba. A Companhia de Água e Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) fornece a cada um dos 16 milhões de moradores da região metropolitana 370 litros de água por dia – o triplo do mínimo necessário para uso humano. Só que o desperdício na rede de água chega a quase 40% – o equivalente à média brasileira –, enquanto o aceitável no mundo é metade disso! Toda essa água escapa por furos nos canos, redes defeituosas carantes de manutenção e por ligações clandestinas
São Paulo joga fora, por dia, 1 bilhão de litros de água. Isso equivale ao volume da Represa de Guarapiranga, um dos seus quatro reservatórios. Para compensar as perdas, há anos os depósitos são explorados acima da recarga média – tira-se mais água por dia do que os rios e as barragens conseguem repor. Deu no que deu.
Disneylândia toma, feliz, esgoto reciclado
Os moradores de Orange County, no Estado americano da Califórnia, bebem esgoto há mais de vinte anos, sem problema. Parece nojento, mas não é. O reúso foi a solução encontrada para que o lugar não secasse. Seria uma pena. Além de 2,5 milhões de habitantes, Orange County abriga o parque temático mais famoso do mundo, a Disneylândia.
No final da década de 60, o lençol subterrâneo que abastece a região já estava superexplorado pela irrigação de extensas plantações de laranja. Com a redução do nível do aqüífero, o sal do Oceano Pacífico começou a infiltrar-se ali, ameaçando o abastecimento. Se a fonte fosse contaminada, seria o fim. O condado fica num deserto e depende totalmente da água subterrânea.
Para revitalizar o manancial, os californianos criaram a Fábrica de Água 21, uma usina-piloto de tratamento especializada em purificar esgoto e injetá-lo de volta no solo (veja o infográfico), para reencher o lençol. Hoje, além do aqüífero permanentemente cheio, Orange County evita a contaminação pela água do mar e garante seu próprio abastecimento. Com esgoto? Exatamente. “No subsolo, a água do reúso, devidamente tratada, acaba se diluindo na água fresca subterrânea”, explica Aldo Rebouças, da USP. As próprias rochas do subsolo, que são porosas, ajudam a filtrar naturalmente toda a massa líquida. “Depois de um ano ela está purificada”, diz Rebouças.
Não é só a Califórnia que recicla água. “No Arizona, 80% do esgoto também volta às torneiras”, afirma Andy Richardson, da empresa de engenharia ambiental Greeley e Hansen, em Phoenix. “Reúso é a palavra-chave quando se fala em gestão de recursos hídricos”, ressalta o engenheiro ambiental Ivanildo Hespanhol, da USP. Reciclar água representa não só alívio para as reservas do líquido como também para o bolso do consumidor. Em países ricos e carentes de fontes naturais, como o Japão, a retirada de água fresca dos reservatórios é taxada pesadamente. Sai bem mais barato reutilizar. “Em 1997 o país reutilizou 77,9% de toda a água destinada à indústria”, afirma Haruki Tada, do Departamento deRecursos Hídricos da Agência Nacional da Terra. Os rejeitos da indústria ficam por lá mesmo. São empregados também para lavar os trens e metrôs e irrigar jardins públicos. No Brasil – só pra você acordar –, tudo é feito com água potável.
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