terça-feira, 27 de setembro de 2011

Onde estão os furos


Incompetência provoca desabastecimento. Veja onde vai faltar água no Brasil.


A capital do Mato Grosso está assentada sobre a vasta bacia hidrográfica do Rio Paraguai. É servida por rios caudalosos, o Cuiabá e o Coxipó. Chove pra burro. Ainda assim, há bairros na periferia com abastecimento irregular. E a cidade tem o maior índice de perdas do país: 53%, segundo a Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso (Sanemat).

2. Fortaleza
Mesmo na seca, a capital não sofre problemas de abastecimento graças à divisão de trabalho. A cidade tem uma companhia gerenciando a água e outra cuidando dos esgotos, que, juntas, garantem um índice de perdas de 30%, abaixo da média nacional. Mas os mananciais da cidade são insuficientes para suprir a população.

3. Recife
Apesar de ter muita chuva e uma dezena de rios, a “Veneza Brasileira” convive há dois anos com o racionamento. As perdas chegam a 45%. Bairros da periferia enfrentam rodízios de até 48 horas. “A cidade cresceu, mas não foram feitos investimentos na rede”, lamenta-se o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento, Gustavo Sampaio.

4. Maceió
Setenta por cento dos moradores da capital alagoana têm água em casa – índice baixo, comparado com o resto do país, que fica em torno de 90%. A média de perdas é de 45%. Com o inchaço populacional, as encostas de Maceió foram ocupadas irregularmente, prejudicando o abastecimento de água das regiões altas da cidade.

5. Rio de Janeiro
A capital fluminense é suprida por um único grande manancial, o Paraíba do Sul, quase esgotado e com água de má qualidade. Para evitar mais racionamento, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos mantém o reservatório no limite, desviando o fluxo de um dos rios da região, o Guandu. Ainda assim, falta água na periferia.

6. São Paulo
O tamanho da rede hidráulica paulistana, a maior do mundo, favorece o desperdício de 40%. São 22 000 quilômetros de canos, o equivalente a duas vezes a distância entre São Paulo e Vancouver, no Canadá. A Sabesp não consegue detectar todos os vazamentos. Há ainda ligações clandestinas de todo tipo.

7. Curitiba
Basta uma estiagem mais demorada e a região metropolitana de Curitiba é ameaçada de racionamento. Por estar longe da parte mais caudalosa do Rio Iguaçu, que a abastece, a cidade tem disponibilidade limitada de água. E 45% de perdas. “Nossos mananciais são finitos e estão sendo usados acima da capacidade”, diz Carlos de Freitas, presidente da Companhia de Saneamento do Paraná.

E não é só porque (por enquanto) não vai faltar água em nosso estado é que vamos esbanjar o pouco que já temos não é? Então se liga ai, fecha essa torneira e consciência na hora de usar a água.

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